terça-feira, 5 de junho de 2012

Padrões de Linguagem

Num passeio pela internete, encontrei um material interessante para os meus seguidores. O texto é de Joaquim Botelho. Leia-o e deixe o seu comentário.

Convivemos diariamente com duas linguagens distintas na forma: a linguagem oral e a linguagem escrita.Mas muitas vezes, a diferença entre estas duas formas é sutil e passa despercebida (ou será que passa desapercebida?).O correto, neste caso, é despercebido, ou seja: que não se viu ou não se ouviu.Desapercebido significa desprevenido, desprovido.A linguagem informal não pode ser considerada errada, mas deve ficar restrita ao dia a dia, às conversas informais.Nenhuma língua no mundo sobreviveria se cada pessoa escrevesse como fala. Por causa das diferenças regionais, a palavra VERDE, por exemplo, poderia ser escrita de diferentes modos: vêrdê , vêrdi, vârdi,verrdji. Em pouquíssimo tempo a unidade nacional estaria desintegrada porque as pessoas simplesmente não se entenderiam mais. Foi o que aconteceu, originalmente, entre Irlanda do Sul e Inglaterra, e nos países de língua servo-croata. Os problemas de entendimento — ou de desentendimento — começam muitas vezes com a língua.Por isso é que se convencionou, historicamente, haver dois padrões de linguagem, um oral e um escrito. A língua escrita é prevista em norma, que é uma forma de lei. No caso brasileiro, a norma que rege o nosso vocabulário é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Academia Brasileirade Letras em 1943, com base em norma semelhante aprovada em 1940 pela Academia de Ciências deLisboa.Para ser bem entendido, é preciso respeitar a diferença entre língua oral e língua escrita.Na comunicação formal, adote o padrão da língua escrita. A linguagem oral, com os desvios naturais como jargões*, gírias** e expressões coloquiais, pode não estar ao alcance da pessoa que vai receber asua mensagem.É fundamental, no entanto, considerar o universo de cada profissão e as peculiaridades, ou problemasespecíficos que cada uma apresenta. Médicos escrevem laudos; advogados redigem petições; economistas elaboram relatórios, e assim por diante. Os jargões específicos, em cada caso, podem não apenas ser necessários como, talvez, a única forma de se transmitir a mensagem desejada. Entretanto, o bom-senso deve sempre nortear a utilização desses termos.

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