sábado, 30 de junho de 2012

TÉCNICA DE REDAÇÃO 01


Preparação

Para preparar-se para  a elaboração de um texto, o redator precisa responder algumas questões:

I – Quem será o responsável pela mensagem?

II-  A quem se destina a mensagem?

III- Que mensagem pretendo transmitir?

IV- De que informações  necessito para ter segurança no assunto?

A resposta à primeira pergunta identifica o emissor. À segunda, identifica o receptor da mensagem: órgão público civil, órgão militar, empresa comercial, empresa industrial, entidade financeira, pessoa  íntima ou de relações sociais. A resposta à terceira pergunta identifica o objetivo  a ser atingido com a mensagem. As respostas à quarta pergunta constituem os pré-requisitos necessários para que o objetivo seja realmente alcançado.

Abaixo alguns exemplos de objetivos e de seus pré-requisitos mais comuns:

Que objetivos
pretendo alcançar?
De que informações  necessito para ter
segurança no assunto?

Ø  Obter férias.


Ø  Vender um produto.



Ø  Anunciar concorrência.



Ø  Informar mudança de
Endereço.
Ø  Identificação correta do requerente, leis
que o amparam, período da preferência.


Ø  Nome e especificação do produto, suas
qualidades, opções, preços, condições
de pagamento.

Ø  O que está em concorrência, qualificação dos concorrentes, documentação exigida,forma de construir o processo, local e data de
Encaminhamento, endereço eletrônico


Ø  Motivos da mudança, vantagens para os clientes, endereço, pontos de referência, opções de acesso, estacionamento e mapa.


OBSERVAÇÃO: cada mensagem deve ter um único objetivo



EXECUÇÃO

Feita a preparação, o redator/emissor inicia a segunda fase do trabalho, que é a execução. Sugestão:

Exposição

Caracterizar o emissor, o receptor, o objetivo e o pré-requisito.

Criar a exposição, em linhas gerais, é desenvolver o objetivo.

Dicas:

a)      Seja bem natural;

b)      Imagine que o receptor esteja ao seu lado;

c)      Escreva o que e como diria de viva voz;

d)     Esteja despreocupado das normas de feitura do documento e das regras gramaticais( em outro momento você se preocupa com isto).

Para ajudar, preencha a ficha abaixo:

Emissor:______________________________________________
Receptor:______________________________________________
Objetivo:______________________________________________
Exposição: _____________________________________________


______________________________________________________________________
                   




Eis um modelo de ficha preenchida:

Emissor: Thiago Lima Fragoso, colaborador  M4.

Receptor:Secretário de Estado dos Recursos Humanos

Objetivo:obter licença especial de três meses.

Exposição: completei cinco anos de serviço público  a 4 de março de 2012.Tenho direito a licença especial de três meses conforme a Lei n° 5871, de 6 de novembro de 1968, em seu artigo 73, combinado co o artigo 84. Pretendo gozar essa licença no período de 1° de setembro a 1° de dezembro de 2012.




terça-feira, 26 de junho de 2012

Principais problemas da redação empresarial

Passei a manhã navegando pela internete procurando alguma coisa interessante, quando encontrei o texto abaixo. Não resisti e tive que compatilhá-lo com vocês.


Na empresa, a escrita é coletiva, isto é, você não escreve em seu próprio nome, mas em nome da companhia para a qual trabalha. Por isso, deve pensar não em "eu", mas em "nós". Mesmo na comunicação interna, você deve considerar que se trata da empresa interagindo verbalmente com seus funcionários.

Apenas alguns relatórios ou notas serão assinados por você correspondendo a um compromisso pessoal, mas a maioria dos documentos diz respeito à empresa e exigem que você respeite os posicionamentos da companhia diante dos fatos  relativos à correspondência, porque você está transmitindo uma mensagem no lugar de outrem - , sua empregadora.

Isso exige de você um esforço duplo: ao mesmo tempo em que você precisa apropriar-se da mensagem, colocando-se no lugar do locutor real, você não pode se esquecer do interlocutor, da outra empresa, preocupando-se com o modo como ela pensa, a forma como ela vai reagir ao conteúdo do texto produzido por você e enviado por sua empresa.

É preciso lembrar ainda que o texto empresarial não reflete apenas o trabalho de quem o redigiu, ele reflete toda a empresa. É por isso que uma carta mal escrita, rasurada, mal formatada, sem clareza nem correção, por exemplo, representa uma empresa pouco confiável. Daí a importância de você se preocupar com a clareza, concisão e correção ao redigir em nome de sua empresa, a fim de evitar uma imagem negativa dela.

Mitos e verdades sobre redação empresarial:

MITO: você deve usar linguagem formal erudita.

VERDADE: você deve usar linguagem formal, mas simples.

MITO: você deve apresentar todas as informações.

VERDADE: você deve apresentar apenas as informações pertinentes.

MITO: as pessoas querem ler seu documento.

VERDADE: as pessoas prefeririam fazer outra coisa.

DICAS:

Você deve usar linguagem simples

Os textos que circulam no meio empresarial, normalmente, têm uma função prática; eles não são construídos para comover o leitor, nem para distraí-lo, mas para informá-lo a respeito de um tema específico. Por isso, use uma linguagem formal, correta do ponto de vista gramatical, mas direta, recorrendo a palavras do dia-a-dia, que facilitam da compreensão do leitor.

Você deve apresentar apenas as informações pertinentes

Um texto longo, cheio de detalhes, desvia a atenção do leitor dos pontos mais importantes e não atinge seu real objetivo. Tenha em mente o que pretende com o documento e atenha-se às informações pertinentes a seus objetivos.

As pessoas prefeririam fazer outra coisa

A vida empresarial exige muito de todos os envolvidos nela. Em função disso, não sobra muito tempo para leituras extensas. Além disso, o leitor de um documento que circula na área empresarial nem sempre conhece o autor do texto e pouco interesse tem no texto; lê porque precisa ler, não porque quer. A leitura de uma correspondência obriga o leitor a interromper seu trabalho. Se ela não for direto ao assunto, o leitor a arquiva ou a descarta. Por isso, não se estenda e seja direto.

SEIS ESTRATÉGIAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DO LEITOR:

- Apresente o ponto principal no início. Assim, o objetivo do documento fica claro desde o princípio*;

- utilize subtítulos descritivos, eles orientam a leitura do documento;

- seja claro, a falta de clareza compromete a compreensão de seu texto;

- escreva com frases curtas, elas são fáceis de processar;

- empregue palavras simples, elas são facilmente compreendidas;

- utilize uma diagramação “arejada”, ela valoriza o seu texto.

 (autor anônimo)


segunda-feira, 25 de junho de 2012

CURSO DE RELATÓRIOS E PARECERES

OBJETIVOS
Desenvolver técnicas que ajudem a produzir textos oficiais, como também pareceres e relatórios técnicos, expressando ideias de maneira clara, precisa, concisa aplicando-as ao contexto administrativo tornando a redação eficaz.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·         estimular a reflexão crítica sobre a realidade,
·          fornecer ao treinando instrumentos que o auxiliem a redigir com maior segurança, clareza, objetividade e concisão;·
·          melhorar o fluxo de comunicação inter e entre segmentos e órgãos, assim como entre a instituição e os clientes;·
·          despertar no treinando a consciência de que comunicação é um processo constante de crescimento.
Período de 5 a 6 /7 / 12            Instrutora: Tânia Meireles Góes Costa
Informações e Inscrições:
Treine - Treinamento e Negócios
Av. Tancredo Neves, 274 - Centro Empresarial Iguatemi - Bloco B - S/530 - Salvador/BA
Telefax: (71) 3116-4629 / 3172-8000
E-mail: treine@treine.com.br
Site: www.treine.com.br

terça-feira, 19 de junho de 2012

Homenagem a Jorge Amado

GABRIELA estreia na Globo
Remake de Gabriela brilhou ontem no horário das 23 horas. Com uma fotografia impecável e uma interpretação convincente de Juliana Paes. Ela provou que a escolha foi mais do que acertada.

"Ivete Sangalo surpreendeu como Maria Machadão. Apesar de completamente dentro do universo da personagem, a estrela pareceu pouco à vontade justamente onde costuma ser rainha: em cima do
palco. A cantora – e agora atriz – não achou o tom da dona do cabaré na hora de soltar a voz. Com medo de ser Ivete, intimidou sua Machadão."

Laura Cardoso aconfirmou a excelente atriz que é. Hoje seu nome bombom nas redes sociais.

“Gabriela” também fez bonito no quesito audiência. Com média de 29,8 pontos e picos de 34 pontos, a produção bateu a estreia de “O Astro”, última novela exibida no horário das 23h.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Trabalho é castigo ou prazer?

Participei ontem do Seminário > "Convivência, nosso maior desafio". Fiquei encantada com o trabalho do prof. Garrido.Não poderia deixar de dividir com vocês esta minha grande descoberta. A seguir um dos artigos de Garrido. Espero que gostem do texto tanto quanto eu. Boa leitura!



TRABALHO É CASTIGO OU PRAZER?

“Goste do que faz para não precisar trabalhar”
Ditado indiano

É impressionante como a gente tem uma relação dúbia com o trabalho. Ele pode ser encarado como fonte de crescimento e realização, mas também como fonte de castigo e sofrimento. Inclusive, na nossa cultura, algumas expressões reforçam isto, “vou para a guerra”, “amanhã é dia de ir à luta”, “sustento minha família com o suor do meu rosto”. A própria origem do termo trabalho confirma isso, pois veio de “tribalium”, um instrumento de castigo medieval.

É como se a gente tivesse que trabalhar em nossa vida adulta, até se aposentar por alivio, sem usar a cabeça. Será por isso que o pessoal é também chamado de mão-de- obra? Muitos, então, agem automaticamente. Será que são as pessoas que muitas vezes tomam o lugar dos robôs, ao contrário do que acreditamos?
Na minha experiência profissional, desenvolvendo programas de treinamento e consultoria nos mais variados segmentos empresariais, observo que esta dubiedade passa pelo trinômio ‘modelo de gestão, estilo de liderança e perfil profissional’.
Líderes autoritários do tipo “manda quem pode, obedece quem tem juízo” tendem a produzir profissionais submissos, onde o medo de errar se sobrepõe à criatividade e onde procedimentos formais e burocráticos eliminam qualquer forma de participação. Em ambientes assim, as pessoas acabam tendo uma relação trágica com o trabalho, que é visto com sofrida ansiedade domingo à noite. É quando dizemos “hoje dá seis horas mas não dá cinco”.
Existe uma componente psicológica e denunciadora muito interessante em relação ao tempo. Quando estamos fazendo algo maçante ou sem participação, o tempo não passa, mas se estamos comprometidos, tudo acontece muito rápido.
Sou absolutamente apaixonado pelo brasileiro, um povo que apesar de todas as carências estruturais, sempre me encanta pela sua capacidade de superação, pelo seu enorme poder criativo e pela sua genuína alegria de viver. Exemplos como o da Escola de Samba no Rio de Janeiro e das organizações multinacionais que têm na filial brasileira a maior produtividade, comprovam esta tese. Sem falar nas emprEUsas, ou seja, pessoas que conseguem trabalho sem ter emprego.
Mas, para que isso aconteça cada vez com mais freqüência, precisamos ensinar os nossos colaboradores a sambar no ritmo da auto-realização e do prazer de produzir e ser útil. Precisamos de uma nova ordem social nas organizações e de gestores mais humanos e participativos, onde todos se sintam co-responsáveis pelo que fazem.
Temos que ampliar nossa qualidade, gerar empregos e resgatar a alegria de trabalhar, para que nossas empresas não dancem neste mundo cada vez mais competitivo e globalizado. Temos que gostar do que fazemos para não precisarmos trabalhar, assim como faz nosso ídolo Ronaldinho Gaúcho que leva o seu trabalho muito a sério, mas que joga sorrindo e, quando acaba um jogo, deve pensar “eu estava trabalhando”?
Victoriano Garrido Filho
www.vgarrido.com.br




 

terça-feira, 5 de junho de 2012

A Força da Palavra

A linguagem coloquial pressupõe presença, uma conversa frente a frente. Quando você conversa com  alguém, tem o apoio dos gestos, da entonação, do ritmo, das expressões do rosto, da piscadela ou do soerguer de sobrancelhas que acompanha as palavras. O entendimento se dá, portanto, de uma forma complexa, e não é só o valor da palavra que conta.

Lembre-se de que, ao ler uma mensagem sua, em qualquer forma que seja apresentada (e-mail, memorando, carta, relatório*), a outra pessoa não estará vendo o seu rosto. E, sem complemento, a mensagem vai ficar incompreendida, não vai cumprir o seu papel de comunicar uma ideia. E você não estará lá para explicar a quem estiver lendo o que foi que quis dizer.

Por isso, a sua mensagem deve ser tão clara que a pessoa que a leia possa entendê-la sem precisar de qualquer apoio fora do texto.

Com as mesmas palavras, podemos construir frases de significados diferentes, ou dar margem a significados dúbios.

Gerente algum compareceu à reunião.”
“Algum gerente compareceu à reunião.”

Mas não  seria  mais  simples  escrever  as  mesmas  frases  de  forma  mais  clara, sem dar  margem  à dupla interpretação? Por exemplo:
 
"Nenhum gerente compareceu à reunião."
"Poucos gerentes compareceram à reunião."
 

Padrões de Linguagem

Num passeio pela internete, encontrei um material interessante para os meus seguidores. O texto é de Joaquim Botelho. Leia-o e deixe o seu comentário.

Convivemos diariamente com duas linguagens distintas na forma: a linguagem oral e a linguagem escrita.Mas muitas vezes, a diferença entre estas duas formas é sutil e passa despercebida (ou será que passa desapercebida?).O correto, neste caso, é despercebido, ou seja: que não se viu ou não se ouviu.Desapercebido significa desprevenido, desprovido.A linguagem informal não pode ser considerada errada, mas deve ficar restrita ao dia a dia, às conversas informais.Nenhuma língua no mundo sobreviveria se cada pessoa escrevesse como fala. Por causa das diferenças regionais, a palavra VERDE, por exemplo, poderia ser escrita de diferentes modos: vêrdê , vêrdi, vârdi,verrdji. Em pouquíssimo tempo a unidade nacional estaria desintegrada porque as pessoas simplesmente não se entenderiam mais. Foi o que aconteceu, originalmente, entre Irlanda do Sul e Inglaterra, e nos países de língua servo-croata. Os problemas de entendimento — ou de desentendimento — começam muitas vezes com a língua.Por isso é que se convencionou, historicamente, haver dois padrões de linguagem, um oral e um escrito. A língua escrita é prevista em norma, que é uma forma de lei. No caso brasileiro, a norma que rege o nosso vocabulário é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Academia Brasileirade Letras em 1943, com base em norma semelhante aprovada em 1940 pela Academia de Ciências deLisboa.Para ser bem entendido, é preciso respeitar a diferença entre língua oral e língua escrita.Na comunicação formal, adote o padrão da língua escrita. A linguagem oral, com os desvios naturais como jargões*, gírias** e expressões coloquiais, pode não estar ao alcance da pessoa que vai receber asua mensagem.É fundamental, no entanto, considerar o universo de cada profissão e as peculiaridades, ou problemasespecíficos que cada uma apresenta. Médicos escrevem laudos; advogados redigem petições; economistas elaboram relatórios, e assim por diante. Os jargões específicos, em cada caso, podem não apenas ser necessários como, talvez, a única forma de se transmitir a mensagem desejada. Entretanto, o bom-senso deve sempre nortear a utilização desses termos.

sábado, 2 de junho de 2012

Curso de Relatórios e Pareceres

Bom dia!

Amanheci feliz após dois dias de trabalho na sede do Ministério Público Federal/Ba, ministrando o Curso de Relatório e Pareceres, enfocando ,principalmente, o Parecer Jurídico.
Obrigada Nadja pelo carinho e calorosa acolhida.


Empolgação da professora !!!!!!


Procure sempre harmonizar pensamento, palavra e ação. Purifique seu

pensamento e tudo estará bem. Nada mais potente que o pensamento. A

ação segue o pensamento. O mundo é o resultado de um poderoso

pensamento”

(Gandhi)





“A redação é um instrumento de trabalho dos comunicadores em geral e, de modo

específico, dos operadores do direito (juízes, promotores, advogados, servidores da Justiça). A redação técnica difere da literária pelas suas finalidades e pela sua forma: “é uma comunicação objetiva, obedecendo a uma padronização que facilita o trabalho e dá ao redator mais segurança de sua eficiência. Caracteriza-se pelo texto em nível culto, gramaticalmente correto, claro, objetivo e com vocabulário adequado à área de atuação” (Toledo, Marleine P.M.F. e Nadólskis, Hêndricas, “Comunicação Jurídica”, Sugestões Literárias, 4a. ed., 2002, p. 119).



Escrever bem, antes de ser uma arte, é uma técnica, que exige conhecimentos de

gramática e estilo, mas se desenvolve e aperfeiçoa com a prática da redação. Para isso, são necessários recursos técnicos (escrever o que, para quem?), adquiridos com o constante exercício da reflexão, da leitura e do trabalho silencioso de escrever, sem medo de errar e sem preguiça de corrigir os erros e melhorar o texto.

                                                                Des. Alexandre Moreira Germano