sexta-feira, 25 de março de 2011

ASSINO EMBAIXO

Amar se aprende amando, escrever se aprende escrevendo

Apesar da preocupação com o domínio efetivo da Língua Pátria, a realidade é que a maioria dos brasileiros tem um nível de conhecimento sofrível e poucos são os que dominam a norma culta do idioma.

Na realidade, o domínio do Português passou de obrigação a diferencial. E esta não é uma realidade nova. Há anos a prova de língua portuguesa (gramática, literatura e a temida redação) é eliminatória nos vestibulares do País para qualquer curso, mesmo para os ligados às disciplinas de Exatas e Biológicas. Para ingressar no mercado de trabalho, a exigência permanece no processo seletivo. Por motivos óbvios. Afinal, na era do conhecimento e da informação, uma comunicação com clareza e objetividade é obrigatória.

A exigência atual vai além de um texto sem erros de ortografia e com começo, meio e fim. Na era da agilidade da informação, a exigência é a habilidade para redigir ou falar de forma clara, objetiva e concisa.

O caminho é árduo e não tem fim. Mas com estudo, o cultivo de alguns hábitos e treino, você pode melhorar a cada dia.

Primeiro de tudo, livre-se do fantasma que sobrevoa o "CURSO DE PORTUGUÊS". Independentemente da sua idade ou do seu grau de escolaridade, estudar o idioma mostra que você atingiu um grau de maturidade e sofisticação extrema. Indica seriedade e preocupação com o seu desenvolvimento. Não tenha medo de mencionar no seu currículo: PORTUGUÊS FLUENTE. Afinal, quando se tem domínio sobre o idioma, isso passa a ser considerado uma qualificação.

Estudar a Língua Portuguesa é um diferencial. E tem mais: a reciclagem no estudo faz com que você se livre dos preconceitos, mitos e teorias ultrapassadas que insistem em rondar o idioma.

Segundo os especialistas, um ponto importante que precisa ser encarado é que o estudo do idioma é eterno. "Não tem fim. É um eterno desafio" diz o Prof. Pasquale Cipro Neto.

O professor explica ainda que a tarefa vai além do estudo permanente. Inclui também uma postura favorável ao aprendizado contínuo. "É preciso estar inquieto, ser curioso, é preciso pesquisar", completa.

Se você quer manter o seu Português sempre atualizado ou quer fazer uma reciclagem nos conhecimentos que você já possui, é importante que você leia atentamente os jornais e revistas de maior circulação, aquelas formadoras de opinião e também que você observe as outras pessoas.

Cursos de reciclagem em ortografia, análise sintática e redação são fundamentais, principalmente para que você se liberte de certos conceitos errados. "Afinal, quem é que nunca ouviu falar que vírgula serve para respirar?", pergunta Pasquale.

O ensino do Português melhorou muito. Há bons cursos e o inadequado método de decorar regras já ficou para trás. Pasquale afirma que é necessário dominar certos mecanismos, o resto é entendimento. "Gramática não é o fim. Nunca foi e nunca será. Ela é o meio. Fico doido com perguntas de certo e errado. Depende. Tudo depende", diz ele.

Para quem tem medo de nomenclaturas e teorias complicadas, o conselho é não se preocupar. Muitas vezes nem é necessária a utilização de terminologia. Veja o exemplo: há dificuldade de entender o tempo verbal "passado (pretérito) mais-que-perfeito? Vamos lá. O passado perfeito refere-se a uma ação inteira, completa. É um passado feito completamente, acabado até o fim. Portanto, passado perfeito: Eu fiz o pacote. No passado mais-que-perfeito a conjugação é fizera. "Quando ela chegou (passado perfeito) eu já fizera ( mais-que-perfeito) o pacote." É uma ação mais velha do que o passado perfeito, portanto é um passado "mais-que-perfeito".


Zoraida Quiroga
Coordenadora da Equipe de Professores

segunda-feira, 14 de março de 2011

DIA NACIONAL DA POESIA


14 de março, um domingo, nascia o poeta Castro Alves.
Hoje, segunda-feira, 14 de março de 2011 comemoramos  os 164 anos de nascimento da criança que mais tarde seria conhecida como “ o poeta dos escravos”. Patrono da cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras, esse baiano que morreu tão jovem, ocupa uma posição de destaque na literatura nacional.
A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor!” A poesia de Castro Alves é um testamento vivo da força contida nas palavras!... Era munido desta “arma” que aquele jovem poeta partia ao campo de batalha... Era uma verdadeira guerra entre os pro e os contra o sistema escravocrata no país.
Em 1868, aos 21 anos, o poeta declama sua obra mais famosa, O Navio Negreiro, durante a comemoração cívica do 7 de Setembro, à qual estavam presentes fazendeiros escravistas. Nessa época, já era amigo de Rui Barbosa, Machado de Assis e José de Alencar.
Poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo, Castro Alves é descrito de maneira louvável por outro gênio das letras, Manuel Bandeira : : “Vulgarmente melodramático na desgraça, simples e gracioso na ventura, o que constituía o genuíno clima poético de Castro Alves era o entusiasmo da mocidade apaixonada pelas grandes causas da liberdade e da justiça — as lutas da Independência na Bahia, a insurreição dos negros de Palmares, o papel civilizador da imprensa, e acima de todas a campanha contra a escravidão.
Em 1871, no dia 6 de julho, morre às 3h30 da tarde, frente a uma janela banhada de sol, como era seu desejo.